na cidade. A companhia foi criada na década de 1960 como parte do plano de desenvolvimento da capital catarinense.
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Casinha de educação ambiental na Comcap |
No início, seu trabalho tinha relação com o calçamento, pois era uma companhia de melhoramento do município. Em 1986, foi criado o
Projeto Beija-flor de coleta seletiva e posteriormente o projeto Minhoca na cabeça, que incentiva a compostagem doméstica. Atualmente a Comcap é responsável por toda a
coleta de resíduos sólidos na cidade, incluindo rejeitos e orgânicos e também recicláveis, além dos pontos de entrega voluntária (PEV, que são móveis), ecopontos (fixos),
raspagem de valas e
podas urbanas. O
ecoponto localizado na unidade recebe orgânicos, eletroeletrônicos, volumosos, madeira, papel, vidro, plástico e metal, além de livros, que ao invés de serem reciclados, são colocados numa pequena construção de madeira e deixados à disposição da população.
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Ecopontos de vidro e outros materiais recicláveis
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Ecoponto na Comcap para vários tipos de resíduos e a biblioteca ao fundo |
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A vista da cidade e do topo das árvores revela a altura do terreno onde estávamos, que na verdade é o extinto lixão |
A visita foi realizada na unidade da Comcap localizada no bairro Itacorubi, onde existiu o
lixão da cidade entre a década de 1950 e 1989, ano em que uma iniciativa popular impediu a continuação do depósito de lixo. O local ficou inativo por 10 anos e depois foi transformado no Centro de Transferência de Resíduos, hoje chamado de
Centro de Valorização de Resíduos devido à diretriz de destinar os recicláveis para a
reciclagem e os orgânicos recebidos lá para a
compostagem, além da prática de
educação ambiental realizada no local. Os resíduos recicláveis coletados pela companhia são entregues a associações e cooperativas vinculadas, sendo que uma delas, com mais de 60 colaboradores, fica no mesmo terreno.
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Associação de catadores e uma montanha de vidro. Não tivemos permissão para entrar no local |
Por dia, 30 caminhões fazem o trabalho de coleta de resíduos na cidade. As podas são picotadas e divididas para compostagem, jardim botânico, trabalho de educação ambiental e sociedade interessada. A compostagem é feita com os resíduos orgânicos que a população deposita no ecoponto localizado no terreno e com resíduos de restaurantes parceiros de uma iniciativa da Universidade Federal de Santa Catarina. O pátio da compostagem é enorme! Os resíduos orgânicos compostados equivalem a 1% dos produzidos na cidade diariamente. É o começo.
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Pátio de compostagem com leiras |
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Pátio de compostagem com leiras |
Visitamos ainda o Museu do Lixo, também localizado lá, que tem 15 anos de existência e foi criado a partir de resíduos descartados pelas pessoas. É espantosa a quantidade e diversidade de itens em perfeito estado! Brinquedos, jogos, pinturas, eletrodomésticos, artigos esportivos, discos, livros, enfeites, enfim, uma diversidade de objetos que provavelmente teriam ido parar no aterro sanitário. O museu dá até uma sensação de claustrofobia, de tantas coisas que tem lá dentro. É proposital, como disse nosso guia, para fazer as pessoas sentirem na pele o problema do lixo no mundo.
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Museu do Lixo |
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Museu do lixo |
Visitar uma cooperativa de reciclagem, um aterro sanitário ou industrial ou um lixão é uma das melhores formas de perceber o tamanho e a profundidade do problema. Foi o que me fez acordar para o tema quando participei de um roteiro dos resíduos sólidos na minha cidade, em 2013. Cenários assim nos mostram a importância e a necessidade de adotarmos novas atitudes em prol de um mundo onde tudo se reaproveita.
Um ecobeijo e até breve.
Muito interessante conhecer outras iniciativas Leticia!! Espero que todos os exemplos bons se convertam um dia para um modelo bem sustentável!! .'O)
ResponderExcluirQue bom que gostou, Ulisses. Obrigada por comentar. =)
ExcluirAo acaso me deparei com um artigo teu e fui "puxando" um atrás do outro, de tanto que gostei! Parabéns e muito obrigada!
ResponderExcluirQue bom que gostou! Obrigada por comentar. =)
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