Diário de bordo #5 – Uma semana de arte

Por Letícia Maria Klein Lobe •
26 setembro 2016
A frase que diz que existe um artista dentro de cada um tem sua verdade. Nesta semana eu reencontrei minha artisticidade, digamos assim. Nada digno de exposição em termos profissionais, claro, mas com um valor inestimável de expor sentimentos e emoções (o que me ajuda a entendê-los melhor) e, principalmente, fortalecer as conexões com o ambiente em volta, os elementos que dele participam e com a própria Terra. Assim como o jantar às cegas reascendeu a importância de celebrar, esta semana de experiências e aprendizados artísticos mudou minha forma de ver e me relacionar com a arte em suas múltiplas manifestações.

Quem facilitou as aulas nesta semana foi o artista Axel Ewald, alemão residente em um kibutz em Israel (uma comunidade). Na noite de quinta-feira ele apresentou seu trabalho como escultor e artista ambiental. Vale muito a pena conferir o trabalho dele no site e no canal do youtube. Nas aulas, nós focamos desenhos e atividades sociais.

Nesta imagem que Axel está segurando, tem as últimas folhas do caule de uma
planta, as sépalas ("cama da flor"), as pétalas até chegar no estames. Fica bem
fácil ver como as formas estão relacionadas.

O curso de Ciências Holísticas tem três módulos (Ciência com qualidade, Caos e complexidade e A Terra viva). Resumidamente, é sobre como superar a visão reducionista da ciência cartesiana sobre o mundo, que analisava o todo a partir da separação de suas partes, e passar a ver tudo de forma integral, interdependente e inter-relacionada, usando para isso as utilidades da ciência convencional combinadas com a experiência que os sentidos proporcionam.

Temos mais uma semana do primeiro módulo, em que estamos estudando o todo e as partes (wholeness) e fenomenologia, o modo de fazer ciência do cientista natural e artista alemão Johann Wolfgang von Goethe, que utiliza não apenas o método analítico e “cabeça” da ciência convencional, mas utiliza os sentidos e permite que o “objeto de estudo” se mostre, ao invés de nós o colocarmos em caixinhas e categorias.

Não é fácil explicar este assunto assim, em poucas palavras, e também não é o objetivo aqui. É fato que não dá para explicar só com palavras e teorias, por isso temos muitas dinâmicas e aulas práticas, inclusive ao ar livre, além das leituras para compreender e interiorizar o assunto. Já foram três semanas de curso só falando em fenomenologia e a cada dia é um aprendizado novo. Não é à toa que existe um curso inteiro só para falar de ciências holísticas. É complexo, profundo, sensorial e experimental, mesmo. Só mergulhando no tema través de práticas e experiências para realmente captar o significado. Faz toda a diferença e vale muitíssimo a pena!

Nesta semana, o aprendizado foi através de estudos de plantas (Goethe estudou muito as plantas), desenhos de plantas e movimentos corporais para compreender a multiplicidade na unidade – como uma unidade se manifesta de diferenciadas formas, com partes distintas, mas nunca separadas entre si. Raízes, caule, folhas, pétalas, fruta são manifestações distintas da única “vida interna” da planta.

Aqui dá para ter uma ideia de como a planta se manifesta de várias formas a partir da sua unidade:
tem as raízes e todas as folhas do caule principal, da parte de baixo até a de cima. As primeiras folhas
são pequenas e simples em formato, sendo que as seguintes vão ficando maiores e mais cheias de
detalhes, enquanto as últimas mantêm certo nível de detalhe, mas são pequenas de novo.

Parece uma aula de botânica sem graça, mas quando usamos a arte para nos relacionarmos com a planta (ou qualquer outro elemento), fica muito mais fácil entender o que Goethe quis dizer com multiplicidade na unidade, o todo e as partes e também facilita e fortalece a conexão com o ambiente. Fica muito mais fácil entender a interdependência e inter-relação de todas as coisas.

Série de desenhos que fizemos para mostrar as diversas folhas de uma planta, como na imagem
de cima. Cada estudante fez uma folha da sequência, por isso tínhamos sempre que olhar para os
colegas para ver como estava os deles e adaptar o nosso. Para deixar mais legal, fizemos uma cinco
rodadas de pular para a cadeira do lado e modificar o desenho do amiguinho. Ótimo exercício
de coletividade, atenção, responsabilidade e concordância sem palavras! Fizemos a mesma
coisa com nossos corpos em círculo, cada pessoa a forma de uma folha.

Na parte da manhã, o grupo ficou junto aprendendo com Axel e experimentando e à tarde, cada um trabalhou com a sua planta, aplicando os conhecimentos e exercícios das aulas matutinas. A atividade era encontrar uma planta com flor, observar bem, descrever o máximo de detalhes possível, desenhar a flor de memória e depois desenhar olhando. O mais curioso é que eu achei muito mais interessante desenhar a planta de memória. Eu me senti calma e não havia aquela pressão de capturar todas as características do ser, mas sim de passar sua essência para o papel. Esta atividade faz criar uma relação mais profunda com a planta, pois precisamos preencher os espaços vazios com nossa imaginação, criando imagens (reais, não invenções) para completar a planta que havíamos acabado de observar. Além do desenho, também escrevi um poema para expressar o que eu aprendi e o que a relação com a planta me passou.

Meus desenhos da planta que eu escolhi. Sentido horário: desenho de memória,
desenho da realidade, desenho "livre" sobre a planta

Na tarde de sexta-feira, apresentamos nossas plantas (passeamos pela redondeza para encontrar a planta de cada um) e o Axel nos pediu para falar sobre o que achamos das aulas e tal. Providencialmente, naquela manhã eu tive uma experiência que foi o exemplo perfeito de como eu me senti depois desta semana. De vez em quando nas minhas caminhadas, quando eu via uma folha no meio do caminho, eu pensava: “ah, é só uma folha”. Na manhã de sexta, caminhando para onde estamos tendo as aulas, havia algo grande no meio do caminho. Eu parei, olhei bem e a primeira coisa que veio à mente foi a frase “ah, é só uma folha”. Não deu meio segundo para outra frase surgir: “não, não é só uma folha!”. Faça esta experiência: pegue uma folha de árvore e apenas observe, deixando a folha se comunicar contigo, de certa forma. Olhe atentamente, sem categorizar a folha (com pensamentos do tipo “é verde escuro, tem tantas subfolhas, etc) e deixe os pensamentos fluírem. Depois destas semanas de aula, especialmente esta última, nunca mais vou pensar que é só uma folha. Nunca é só uma folha!
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Diário de bordo #4 – 11 delícias da Schumacher College

Por Letícia Maria Klein Lobe •
18 setembro 2016
Aqui na Schumacher College, cada dia pode ser uma caixinha de surpresas, pode te revelar uma coisa especial ou te fazer apreciar e valorizar as coisas boas e simples da vida. Fiz uma seleção que mostra alguns motivos porque estar aqui é uma experiência maravilhosa!

Estar a poucos passos da floresta e respirar ar puro e fresco.



Comida vegetariana deliciosa e super variada, feita a vários pares de mãos de voluntários e estudantes nos seus grupos de trabalho (olha eu ali). Antes de jantar, todos reunidos para benção e agradecimentos.



Compostagem de todas as sobras de alimentos e reciclagem do resto. No Estado de Devon existe o programa Zero do Landfill (Zero para aterro), que parece funcionar bem direitinho. Claro que vai ter post sobre este assunto mais para frente. ;)



Encontros inesperados, com direito a pausa para foto antes do voo.

Foto de Risa Tanaka

Poder nadar no rio Dart (ainda não fui, mas pretendo!). Tem vários acessos, tanto pela floresta quanto pelo caminho que vai à cidade de Totnes (vizinha daqui).



Mensagens inspiradoras em vários cantos.

"Se você construiu castelos no ar, seu trabalho não será perdido; lá é onde eles devem estar.
Agora coloque as fundações sob eles", Henry David Thoreau

Jardins por todos os lados, uma perspectiva diferente a cada janela.



Um refúgio muito aconchegante entre árvores, suspenso por cordas.



Passeios com os amigos. Neste sábado, fomos para a Bantham, ótimo para surfistas e quem mais quiser curtir uma praia linda.

Foto de Luiz Victor Santos

Banheiro seco! Nada de água, aqui os rejeitos são compostados, junto com o papel higiênico. Lixo zero mesmo!



Lindo nascer do sol!

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Diário de bordo #3 – Uma experiência sensorial

Por Letícia Maria Klein Lobe •
11 setembro 2016
Respire profundamente. Inspire, sentido o ar enchendo seus pulmões enquanto expande a barriga. Agora expire, soltando o ar lentamente pela boca e sentindo seu tronco esvaziar. Faça novamente, de olhos fechados. Agora imagine-se de pés descalços, no meio de um jardim ou de uma floresta, sentindo o solo, a grama, as folhas, os pequenos gravetos sob seus pés. Agarre-os com seus dedos, sinta o frescor que vem da terra.

O ar, com seus diversos gases, é uma reunião das respirações de humanos, outros animais e plantas. Respire fundo de novo e tente sentir esta conexão aérea com os outros seres. Dentro da sua imagem mental, no jardim ou na floresta, de pés livres, respire fundo novamente, sentindo esta troca de ares com as árvores ao seu redor. Aqui o ar é puro, fresco.

Ainda neste cenário, caminhe. Sinta o chão da floresta ou a grama sob seus pés afundando a cada passo, recebendo seu corpo. Se quiser, deite sobre a terra para ter a sensação em todo seu ser. Não se esqueça de respirar conscientemente, trocando inspirações e expirações com a natureza da qual faz parte. Agora continue sua caminhada, olhando ao redor e indo em direção a algum ser vivo ou elemento que lhe prenda o olhar. Chegue perto. É vegetal? Animal? Mineral?

Perceba as nuances, os contornos, as cores, o formato, a textura. Preste atenção. Converse com ele. Não necessariamente com palavras pronunciadas, mas com o pensamento, o olhar, as mãos, o corpo. O ambiente sente a sua presença, assim como você está sentindo este ser ou elemento e o ambiente em volta. Agora escolha outro (ou deixe outro escolher você) e sinta as diferenças.

Desperte seus sentidos para a experiência. Escute o farfalhar das folhas sob o vento, observe os detalhes da asa de uma borboleta, prove a fruta que a árvore oferece, inspire o perfume das flores da estação, sinta a aspereza de uma pedra. Sinta a si mesmo. Com todos os seus sentidos, perceba o ambiente a sua volta e compreenda que o ambiente também te sente e percebe sua presença.

Independentemente do lugar onde você está, as conexões existem. Cada um é um nó na teia da vida. Respire fundo, aguce os sentidos e sinta o pertencimento.



Um pouco sobre a experiência sensorial na floresta atrás da Schumacher College, guiada por David Abram, mágico, performático, autor dos livros The Spell of the Sensuous e Becoming Animal.
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Diário de bordo #2 – Reconexões e redescobertas

Por Letícia Maria Klein Lobe •
07 setembro 2016
A primeira semana de rotina começou com uma grata e belíssima surpresa! Uma experiência que me fez resgatar a importância da celebração. Importância de celebrar a vida, a família, os amigos, o lugar em que moramos, nosso país, nossa cultura e de agradecer por todas as bênçãos e dádivas que recebemos todos os dias. Foi lindo, emocionante e estava delicioso, afinal foi um jantar às cegas! E com as mãos ao invés de talheres. Só para variar, as batatas estavam divinas...

Já depois do jantar

A ideia do jantar foi do Francisco, costa-riquenho que se formou no mestrado em Economia para transição. A dissertação dele foi sobre o poder da celebração para o estabelecimento de um novo paradigma na economia. Depois de frequentar festas, reuniões familiares, festivais, feiras e outros tantos, uma das conclusões a que ele chegou é de que precisamos ver e reconhecer a beleza em nós mesmos (interna e externa), a beleza nos outros (interna e externa) e a beleza do local em que vivemos para que possamos fazer o melhor das oportunidades e das experiências.

O ambiente foi decorado especialmente para a ocasião

O jantar que ele nos proporcionou, com a ajuda dos outros que se formaram e de alguns voluntários, exultou a beleza desta comunidade da Schumacher College e me ajudou a reconhecer a necessidade e a relevância das celebrações, sejam pequenas ou grandes. Como o colega ao meu lado, Chris, comentou, é uma coisa que facilmente não faríamos, por quaisquer motivos, e que acaba se tornando surpreendente. Não um jantar às cegas, especificamente, mas qualquer tipo de encontro.

Na hora do bolo, com o varal de fotos passando

Depois de vendados, fomos levados um a um aos nossos lugares nas mesas. Não nos foi permitido ver nada antes, então quando eu entrei, achei que estava em um dos cômodos de alimentação e depois vi que estava em outro. Eles colocaram todas as mesas em um dos cômodos, para que todos ficassem juntos. Vendados, recebemos os pratos e comemos com as mãos. Eu achei muito divertido e adorei sentir a expectativa de saborear o que viesse. Estava soberbo, como sempre. Beterrabas assadas, cenouras raladas, omelete, crisps de sálvia e batatas fritas lentamente em manteiga (importante relembrar que todos os derivados de leite são orgânicos, assim como ovos e verduras adquiridos de produtores locais).

Após o prato principal, cada um recebeu uma colher. O que havia sobre ela era gelado e em micropedacinhos, como gelo batido. Adivinha o que era? Pepino! De sobremesa (coisa rara aqui, só em ocasiões especiais, mesmo), de olhos desvendados, um bolo de chocolate para comemorar o aniversário de uma das mestrandas. Durante o jantar, um rapaz chamado Michail cantou e tocou violão, duas canções muito bonitas (uma de sua autoria, inclusive). Por fim, enquanto era servido bolo, Francisco passou uma série de fotos presas por um barbante (um varal de fotos) que mostram as atividades na Schumacher College desde o começo, há 25 anos. Foi também neste momento que ele falou sobe suas descobertas para a dissertação. Para resumir a noite em uma palavra: especial.
As fotos são de autoria de Francisco.
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Diário de bordo #1 - Primeira semana e primeiras impressões na Schumacher College

Por Letícia Maria Klein Lobe •
04 setembro 2016
Para ser sincera, nem sei por onde começar! Estou sentada na biblioteca, olhando a chuva cair sobre o gramado e as árvores e ouvindo a música do piano que James, outro estudante da escola, está tocando no cômodo ao lado. Há outros colegas aqui, concentrados nas suas leituras ou explorando as prateleiras. A biblioteca é linda, uma graça, super aconchegante, com uma cama-sofá ao lado do janelão. Bem como a gente vê em filmes, sabe?

Biblioteca

Cheguei aqui na terça-feira, dia 29, mas parece que estou aqui há bem mais tempo. Outros com quem falei sobre isso têm a mesma sensação. Engraçado, talvez seja a familiaridade com o lugar, como tudo funciona tão direitinho com os grupos de trabalho, o aconchego, a recepção calorosa ou mesmo uma espécie de magia que existe neste lugar. Como o título de uma das dissertações de mestrado, “the magic of Schumacher is real” (a mágica da Schumacher é real).

Cada estudante (estamos em 37 nos três cursos) tem seu próprio quarto e já estou bem instalada. São quatro prédios de acomodação aqui do ladinho da escola e um outro a alguns minutos de caminhada colina acima, chamado Higher Close. A escola fica em Dartington Hall Estate (como se fosse um feudo de antigamente) administrado pelo Dartington Hall Trust, que foi fundado em 1925 por Dorothy e Leonard Elmhirst, inspirado na obra do poeta, educador, reformador social indiano e ganhador do Prêmio Nobel Rabindranath Tagore. O casal comprou e reabilitou os 1.300 hectares de Dartington Estate para desenvolver modelos de regeneração rural por meio da economia, da educação e de atividades artísticas diversificadas.

Vista da biblioteca

Na sexta, Jon Rae, o diretor da escola, levou todos os estudantes para um passeio por Dartington Hall Estate, contando sobre a história do local e as mudanças ao longo do tempo. Hoje, por exemplo, 80% da eletricidade vêm de fontes renováveis (solar e biomassa). Também fomos apresentados a esta linda biblioteca e tivemos uma manhã muito divertida com brincadeiras e jogos para entrosamento do grupo. Um deles foi a trilha de sensibilização em que uma pessoa fica de olhos fechados e outra vai guiando. Além da exploração dos sentidos, é muito bom saber que podemos confiar numa pessoa que mal conhecemos e perceber como queremos que os outros confiem em nós.

No dia anterior, quinta-feira, também foi dia de induction, como eles chamam. Recebemos as boas-vindas de Stephan Harding, professor e co-fundador da escola, e do diretor Jon Rae e conhecemos o trabalho na cozinha, na horta e como a escola funciona. Aqui é assim: tem os funcionários, os voluntários e os estudantes. Nós, estudantes, somos divididos em grupos de trabalho e em cada dia da semana fazemos uma tarefa diferente, que ao todo incluem cuidar da limpeza de louças, cozinhar, jardinar e limpar a casa. As pessoas dos grupos mudam toda semana, assim todos se conhecem e trabalham em todas as tarefas. Este sistema é ótimo para estimular o senso de coletividade e companheirismo.

Um dos lados do prédio principal da Schumacher College

Os fins de semana geralmente são livres, a não ser quando estamos escalados para trabalhar. E tem sempre tanta coisa para fazer! Tem cursos de arte e “faça você mesmo” do movimento The Craft Revolution, cujo galpão está instalado no terreno da escola, tem passeios que podemos fazer, tem muita leitura do curso. Além disso, tem muito para absorver e explorar. Conversas com pessoas do mundo todo, caminhos pelos bosques e florestas, inspiração, introspeção, redescobrimento de si mesmo, mudanças de pré-conceitos e visões de mundo. Nesta segunda tudo começa para valer! Estou ansiosa e empolgada!



Ontem à tarde, sábado, tivemos um cream tea com os mestrandos que entregaram suas dissertações nesta semana. Foi o hand over, tipo cerimônia de passar o bastão, mesmo. Foi lindo! Tão emocionante! O cream tea estava uma delícia (é um bolinho que se recheia com creme, tipo uma manteiga doce, e geleia, acompanhado de chá, obviamente, porque chá é o que não falta). Aliás, a gente só faz comer aqui, de tão gostosa que é a comida! Incrível como a alimentação vegetariana é tão rica e diversificada. Não posso deixar de comprar os dois livros de culinária vegetariana editados pela escola, o Gaia’s Kitchen e o Gaia’s Feasts.

Falando em comida, daqui a pouco é hora do jantar (18h30 é servido) e estou curiosa para saber as delícias que teremos esta noite. Aos poucos, vou fazendo posts, vídeos e fotos sobre a escola, as aulas, modos de vida em comunidade e outras coisas interessantes que surgirem por aqui. A internet aqui nem sempre é boa, mas não se preocupe que vou atualizar sempre que der! Também quero ouvir de você, então fique à vontade para comentar. Até breve! =)
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