Zarpando em 3,2,1...

Por Letícia Maria Klein Lobe •
26 agosto 2016


“Aprendizagem transformacional através de uma vida sustentável” é o lema da Schumacher College. E é pra lá que eu vou! Depois de um ano e meio, o sonho que se formou na minha mente vai finalmente virar realidade! Neste domingo embarco para a Inglaterra para estudar e conviver na Schumacher College, uma referência em sustentabilidade, onde a gente aprende por transformação, através da vivência.



Estudantes, professores e colaboradores da faculdade vivem em comunidade, divididos em grupos de tarefas responsáveis pela agricultura, alimentação, limpeza, organização e assim por diante, estudando e trabalhando em prol de soluções para um planeta em crise. Perfeito para compreender e exercitar a coletividade, potencializando individualidades em detrimento do individualismo. Cada um fazendo o seu melhor para que todos prosperem.



Na parte de alimentação, por exemplo, a escola tem a própria horta, criação de galinhas para ovos orgânicos, alimentação vegetariana. Para suprir a demanda, o restante dos alimentos é obtido de produtores locais. Pães orgânicos feitos todos os dias e queijos orgânicos de vaquinhas felizes, criadas soltas e com dignidade, também estão no cardápio. A escola também atende dietas especiais, como sem glúten, sem lactose, sem derivados de leite e vegana.



A riqueza cultural é outra beleza da Schumacher, pois há pessoas de todas as partes do mundo estudando lá. No meu curso, por exemplo, tem gente do Brasil, da Inglaterra, da Suíça, da França, dos EUA, do Japão e outros. Falando no curso, o que eu vou fazer é o PG Certificate em Ciência Holística (certificado de pós-graduação), que convida seus estudantes a “olhar para além dos limites da ciência tradicional para resolver os problemas ecológicos e sociais de hoje”, mergulhando em sistemas, teorias da complexidade e do caos, ecopsicologia e ciência de qualidades.



A faculdade oferece cinco cursos de mestrado, aprovados pela Universidade de Plymouth, e também cursos de curta duração. Cada turma tem no máximo 17 acadêmicos, para garantir a qualidade do aprendizado. Os professores usam diversos métodos de ensino e avaliação e as aulas expandem os limites da sala, incluindo passeios a campo por bosques, montanhas e parques. Além disso, alguns profissionais renomados em seus campos são convidados a lecionar, como o físico Fritjof Capra, autor de A Teia da Vida (ele vai estar lá neste ano, ahhhhh!!!).

Para resumir: PA-RA-Í-SO. Todos com quem eu falei ou soube de suas histórias dizem que o lugar não tem igual, é uma experiência fantástica, transformadora. Estou imensamente empolgada, ansiosa, com frio na barriga, de poder viver essa realidade e absorver o máximo possível. Venham, experiências, novas amizades, conhecimentos e aprendizados, venham! Venham, novos horizontes, novas perspectivas, novos caminhos, venham!

Vou procurar trazer o máximo que conseguir de lá para você, aqui no blog, em textos, imagens e vídeos no canal, então acompanhe as redes sociais para saber de todas as novidades! Até breve, diretamente de Totnes. ;)
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Dá para viver sem dinheiro? Conheça cinco pessoas que deram adeus a ele

Por Letícia Maria Klein Lobe •
17 agosto 2016
Respondendo à pergunta: que dá, dá. O dinheiro é uma invenção humana e se vivia normalmente antes dele, na base do escambo, da troca de serviços por produtos e vice-versa. Os sistemas econômicos foram mudando, a população da terra foi se multiplicando e a troca passou a ser intermediada por moedas. O dinheiro se tornou a moeda de troca oficial do mundo, literalmente. Vantagens e desvantagens à parte, é bom lembrar que, como toda ferramenta, o dinheiro é neutro; se seu uso é para o bem ou mal, depende da intenção de quem o tem. Tem gente que prefere não ter, como é o caso destes cinco aqui:

Jo NemethEsta australiana se demitiu da empresa onde trabalhava e escolheu depender só de si para viver, depois de se questionar sobre os impactos que causava no planeta a partir de suas escolhas e hábitos. Ela mora num abrigo na propriedade de um amigo, se alimenta principalmente do que planta e emprega suas horas do dia no cultivo da horta, cozimento das refeições, leitura, conversa com amigos, passeios pela cidade e seu blog. Para conseguir objetos de higiene e limpeza, ela presta serviços ou aproveita restos de produtos que seriam descartados por amigos, conhecidos, simpatizantes e empresas. Em entrevista, Jo disse que sua regra pessoal é não usar produtos novos: “eu não quero usar os recursos materiais se eles forem produzidos apenas para o meu próprio benefício”. Jo diz estar mais feliz e saudável desde então: “eu trabalho muito no plantio e a minha dieta mudou. Além disso, eu não produzo todo o lixo que produzia antes. Estou me sentindo muito melhor”.



Daniel ShellabargerDesde criança, este estadunidense católico praticante tinha curiosidade de viver como Jesus, sem dinheiro. Em 2000, ele deixou seus últimos 30 dólares numa cabine telefônica, queimou sua carteira de motorista e passaporte, ficou com algumas roupas e vive até hoje como nômade. Conhecido como Daniel Suelo (solo, em espanhol), já viveu em comunidades alternativas, acampou no deserto e dormiu na casa de pessoas desconhecidas que o convidaram. Ele mantém uma “casinha base” numa pequena caverna no deserto de Moab, em Utah. Daniel se alimenta de plantas selvagens, do que encontra no lixo e até de carne de animais atropelados nas estradas, além do que consegue em troca do seu trabalho, que também lhe rende roupas e produtos de higiene. Em seu blog, que mantém a partir de computadores em bibliotecas públicas, ele explica que “a natureza selvagem, fora da sociedade de consumo, funciona através da economia da dádiva (de graça recebestes, de graça dai)”. Descreveu sua experiência e motivações no livro “The man who quit money” (O homem que desistiu do dinheiro, em tradução livre), que teve suas cópias distribuídas gratuitamente. “Quando eu vivia com dinheiro, eu estava sempre sentindo falta de algo. O dinheiro representa essa falta. O dinheiro representa coisas do passado (dúvidas) e coisas do futuro (créditos), mas o dinheiro nunca representa o presente. Nós precisamos de muito pouco para viver e não nos damos conta disso”, diz.



Heidemarie SchwernerFaz mais ou menos duas décadas que a alemã Heidemarie Schwerner vive sem dinheiro. Tudo começou quando ela se mudou com os filhos para uma cidade na área rural da Alemanha e percebeu uma grande quantidade de moradores de rua. Buscando uma maneira de ajudá-los, ela criou o Tauschring, um espaço onde pessoas poderiam trocar serviços ou objetos por outros de que necessitavam. O projeto foi ganhando forma e mais adeptos e Heidemarie decidiu trocar sua até então profissão de professora por outro ideal de vida: vendeu seu apartamento, guardou o essencial numa mochila e numa mala e passou a viver de troca de serviços e favores. Para conseguir cama e comida, ela lavava pratos, limpava a casa, servia de companhia e por aí vai. Ela ficou tão famosa que tem pessoas que enviam passagens a ela para que se hospede com eles, o que a faz viajar bastante. Já escreveu três livros sobre sua experiência e doa toda a verba arrecadada para instituições de caridade, conservando apenas uma poupança com 200 euros para alguma emergência. Para ela, foi uma “libertação”. Seu estilo de vida inspirou o documentário “Vivendo sem dinheiro”, onde afirma que não é preciso ter uma renda para viver bem e que “o dinheiro nos distrai do que é realmente importante”.



Christopher Johnson McCandlessChris ficou famoso a partir da publicação do livro “Na natureza selvagem”, em 1996, e depois com o filme homônimo, lançado em 2007, que contam a história de como este jovem de família rica deixou tudo para trás para viver livre na natureza gelada do Alasca e o que aconteceu nos dois anos em que conseguiu viver sua aventura, antes de ser encontrado morto (não é spoiler, tá, está na sinopse das obras!). Conhecido como Alexander (ou Alex) Supertramp, codinome que adotou, se fundamentou em trabalhos de Leon Tolstoi, Jack London e Henry David Thoreau, escritores que falavam sobre a proximidade com a natureza e a vida simples. Ainda não li o livro, mas o filme é fantástico e suscita ótimas reflexões.



Mark BoyleO irlandês formado em administração abandonou o dinheiro para morar no campo, onde planta a própria comida, toma banho de rio e usa fogueiras para cozinhar o alimento. Boyle tomou a decisão depois de ver como estamos degradando o planeta. “Não vemos o efeito de nossas compras no ambiente. Não sabemos por quais processos os produtos passaram, quais os danos que eles causaram. Não sabemos mais como o que consumimos é produzido”, disse Mark nesta entrevista. Para ele, é a economia que está destruindo a natureza e prejudicando sua biodiversidade, pois o dinheiro cria uma distância entre nós e o que consumimos. Ele tem um computador movido a energia solar, que usa para manter seu blog e já lançou dois livros: “O homem sem grana” e “Drinking Molotov Cocktails with Gandhi”, ainda sem tradução no Brasil.



Estas pessoas estão trazendo de volta o modo de vida que só se encontra em livros de história, à margem da sociedade ou em grupos sociais isolados. Junto com outros movimentos como slow food, slow fashion, no e low poo, no showering, lixo zero, não à depilação e outros tantos, estas pessoas estão, no mínimo, nos fazendo repensar nossa relação com o próprio corpo, com nossos ciclos sociais, com o planeta e refletir sobre nossos hábitos de consumo e estilo de vida. Independente de qual ou quais deles adotar e qual o seu ritmo, o importante é que você encontre o seu ponto de equilíbrio e que faça sentido pra você. ;)
Com informações de: Hypeness, Mochila Brasil, Pragmatismo Político.
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Culturas do no e low: e se tomar menos banhos e usar menos produtos formais saudável?

Por Letícia Maria Klein Lobe •
02 agosto 2016
Pois é. A gente costuma associar produtos cosméticos, cheios de componentes, à limpeza; quando faz espuma, então, aí sim que limpa. Mas ao que tudo indica, quanto mais natural for o processo de higienização do seu corpo (e da sua casa também), mais saudável e protegido ele será. Isso acontece porque muitos produtos convencionais do mercado possuem sulfatos, parabenos e petrolatos, que são prejudiciais à saúde, ao ambiente e desequilibram a flora natural da pele, que tem suas bactérias próprias responsáveis pela proteção e controle de oleosidade e odor.

James Hamblin, editor da revista Atlantic, encarou o desafio de parar de tomar banho. Neste artigo, ele explica que o odor dos corpos é produto de bactérias que vivem na pele e se alimentam de secreções oleosas do suor e de glândulas sebáceas que ficam na base dos folículos de pelos. Usar sabão e shampoo todos os dias perturba o equilíbrio que existe entre os óleos da pele e as bactérias que moram nela. O uso intenso destes produtos no banho acaba com este ecossistema. E aqui está o ponto: as bactérias se reproduzem de novo e repovoam a pele, porém, elas acabam ficando em desequilíbrio e tendem a favorecer os micróbios que produzem cheiro. Em outras palavras, quanto mais produtos você passar, mais vai precisar passar para combater o estrago que eles mesmos criam. É o tal do ciclo vicioso.



Em termos técnicos, retroalimentação (o feedback). O sistema vai se retroalimentando para melhor ou pior. Neste caso, para pior. Aconteceu comigo quando eu tive dermatite atópica: quanto mais eu coçava, mais a lesão em si produzia coceira, o que me fazia coçar mais. Pegou o fio da meada? A mesma lógica se aplica ao desodorante. Conforme você vai diminuindo a quantidade de desodorante e a frequência de aplicação, menos precisa. Aqui há uma ressalva, porém: a alimentação interfere bastante no odor do corpo. Depois que adotei uma dieta vegetariana (com acompanhamento da nutricionista), percebi que meu odor natural ficou mais suave. Fiz o teste do desodorante e comprovei que funciona!

Hoje, James diz que não usa shampoo nem sabonete e quase nunca toma banho. Além de economizar dinheiro e água, ele diz que  vai poupar até o fim da vida 12.167 horas, quase dois anos! Mas peraí, e o cheiro? Ele e outras pessoas adeptas do desafio no-showering (sem banho) dizem que no começo ficaram parecendo "monstros oleosos e fedidos". Mas depois de um tempo, os ecossistemas do corpo acham seu ponto de equilíbrio de novo, agora sem a interferência de produtos cosméticos, e a pessoa não cheira mais mal. O odor é o natural de uma pessoa, diz James. Sem a interferência de produtos químicos, a pele não fica flutuando entre seca e oleosa, mas permanece no seu ponto ideal.

Eu já testei um pouco isso e posso dizer que funciona. Oh!

Calma, não parei de tomar banho! Mas quando tive o probleminha na pele, a dermatologista recomendou não usar sabonete no banho durante o tratamento (no mínimo 20 dias), até para não interferir nos produtos prescritos. Garanto que não fiquei nada fedida. Na verdade, foi o inverso. Só a água já lava mesmo, pode fazer o teste. Mas precisa esfregar, tá? Duas editoras do site Total Beauty ficaram 30 dias sem tomar banho e contaram a experiência, que teve resultados fantásticos para a pele, bem melhor do que quando usavam dezenas de produtos.

Primeiro vídeo de três do The Atlantic sobre a microbiota da pele

Produtos naturais

Além do no-showering, existem também as técnicas low-poo (pouco shampoo) e no-poo (nenhum shampoo). Quem criou foi Lorraine Massey, fundadora da marca Deva Curl, especializada em produtos de beleza para quem tem cabelos cacheados (os termos foram registrados por ela e agora são marcas - No-Poo® e Low-Poo®. Assim, devem haver mudanças em breve em relação à nomenclatura, que também era usada por outras empresas).

Quem aplica a técnica do low-poo utiliza menos shampoo e substitui o shampoo comum por um sem sulfatos pesados, porque estas substâncias causam ressecamento e perda da oleosidade natural do couro cabeludo. Os produtos também devem ser sem petrolatos, componentes provenientes do petróleo que blindam os fios do cabelo a outras substâncias que são importantes.

Estes são os sulfatos que não podem estar na lista de ingredientes dos adeptos do low-poo:

Sodium laureth sulfate
Sodium myreth sulfate
Sodium lauryl sulfate
Ammonium lauryl sulfate
Ammonium laureth sulfate
Sodium c14-16 olefin sulfonate
Tea lauryl sulfate
Tea-dodecylbenzenesulfonate
Sodium alkylbenzene sulfonate
Ammonium or sodium xylenesulfonate
Sodium cocyl isethionate
Sodium lauryl sulfoacetate
Sodium socoyl (or lauryl/lauroyl) sarcosinate
Ethyl peg-15 cocamine sulfate
Dioctyl sodium sulfosuccinate
Sodium lauryl glucose carboxylate
Methyl cocoyl or lauryl taurate
Sodium cocoyl glycinate

E estes os petrolatos:

Petrolatum/petrolato
Mineral oil/óleo mineral
Parafinum liquid/parafina líquida
Vaselina/vaselin
Isoparafina/isoparafin
Isododecano/isododeceno
Alcano/alkane
Hidrogenated polysobutene

Além destes, tem os parabenos. Não são proibidos pela técnica do low-poo, mas faz bem deixar de usar produtos que contenham estes compostos químicos. Eles são conservantes, encontrados normalmente sob os nomes metilparabeno, propilparabeno, etilparabeno e butilparabeno. Ainda não se comprovou se eles de fato causam câncer (pesquisam estão sendo desenvolvidas), mas já se sabe que provocam alergias cutâneas, envelhecimento da pele e interferências no sistema endócrino de humanos e outros animais.

A técnica do no-poo não permite o uso de shampoo nem de produtos que tenham silicones insolúveis em água (os solúveis valem). Tem gente que aplica o co-wash (lavagem com condicionador) ou somente receitas caseiras. Então, além dos listados acima, também se deve evitar os silicones insolúveis, que são:

Dimethicone
Amodimethicone
Cetearyl methicone
Cetyl dimethicone
Cyclomethicone
Cyclopentasiloxane
Dimethiconol
Stearyl dimethicone
Trimethylsilylamodimethicone
Simethicone
Polydimethylsiloxane
Methicone
Phenil trimethicone
Dimethylpolysiloxane
Bis-aminopropyl dimethicone

Vale tirar fotos dos componentes para verificar a lista de ingredientes dos produtos. Neste link, aqui e acolá estão explicadas as rotinas destas práticas, como fazer, produtos liberados e outras informações.

Menos é mais

A canadense Katherine Martinko e a brasileira Letícia González, editora da Marie Claire, ficaram meses sem usar shampoo nem condicionador nem creme para cabelo e ficaram com suas madeixas mais bonitas e fortes. No-poo mesmo! A receita é simples: bicarbonato de sódio e vinagre de maçã. De uma a duas colheres de sopa de cada ingrediente em copos de água separados. Primeiro você coloca a solução de bicarbonato aos poucos no couro cabeludo e massageia. Depois finaliza com o vinagre e enxágua bem. Lucy AitkenRead, do blog Lulastic, recomenda não mais do que uma colher de sopa de bicarbonato uma vez por semana depois que seu cabelo restaurar o equilíbrio natural. É bom aplicar uma receitinha caseira para hidratar os fios uma vez por mês. Há várias por aí na internet, com banana e abacate, por exemplo.

O cabelo de Katherine Martinko com bicarbonato de sódio e vinagre de maçã

A redução de banhos e de produtos de higiene e limpeza economiza dinheiro e água, pois um banho tem uma média de sete minutos e um uso de 65 litros de H2O, como lembra Madeleine Somerville, jornalista do The Guardian. Sem falar nos resíduos sólidos gerado pelas embalagens dos produtos! O bom do bicarbonato de sódio é que ele pode ser comprado a granel e o vinagre de maçã vem no vidro.

Neste artigo muito bom da revista Trip, a jornalista Nina Lemos fala de “uma espécie de ‘doença social’ que faz com que passemos a achar que coisas naturais, como secreções, suor, menstruação e pelos são uns trecos nojentos”. É um apelo a não termos nojo de nós mesmos e nos permitir sermos humanos, com tudo que isso implica. Não precisa deixar de tomar banho, mas entender que, se você ficar o dia inteiro em casa fazendo nada, é perfeitamente normal não achar um banho necessário e ir para a ducha só no dia seguinte. Ou quando você quiser.

O que a gente precisa mesmo é se libertar das garras da sociedade de consumo, das imposições disfarçadas de sedução da indústria e se empoderar. Pesquisar, refletir, questionar e se fortalecer contra a opressão do sistema no qual vivemos, mas ao qual não precisamos pertencer. É o apelo de que cada vez mais pessoas por um mundo livre, saudável, justo e ambientalmente equilibrado. É o que eu quero, e você?
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