Testes em animais? Ah, vá!

Por Letícia Maria Klein •
12 julho 2013

Se tem uma coisa que eu considero totalmente revoltante e abominável é a capacidade absurdamente infeliz do ser humano de prejudicar outras espécies. Quando envolve crueldade então, nem se fala, aí a coisa fica feia. Um exemplo são os testes em animais, que são  feitos para se obter resultados sobre comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas em geral. Um ato cruel e retrógrado. Sabia que na maioria dos testes os animais NÃO são anestesiados e ainda são dissecados VIVOS (prática conhecida como vivissecação)? 

Os tests são vários, um mais desumano que o outro. Eu ia lendo e meus olhos iam enchendo d’água. Fiquei até enjoada. Se você tem um estômago forte e está a fim conhecer um pouco mais até onde a crueldade humana pode ir, dá uma olhadinha aqui. Eu realmente não consigo acreditar como existem pessoas capazes de realizar testes assim em animais, que são tão seres vivos quanto os humanos e, portanto, sofrem e sentem dor e medo! Deu pra perceber minha revolta, né? Estou quase tendo um troço nervoso ao escrever este post. Mas, como eu costumo dizer, há luz no fim do túnel e não é do trem!

Os cães da raça Beagle são muito usados 
como cobaias pelo seu temperamento dócil

O site EcoD publicou uma matéria recentemente sobre as empresas brasileiras e estrangeiras que testam e não testam seus produtos em animais. A matéria foi ao ar depois de uma outra notícia bem feliz de que a Índia anunciou, no fim de junho, a proibição aos testes da indústria de cosméticos em animais. Além deste, todos os países da União Européia e Israel também aboliram os testes nos nossos amigos de quatro patas. No Brasil, os experimentos ainda acontecem, mas algumas empresas já se conscientizaram sobre a importância de extinguir, dizimar, acabar com os testes em animais e recorrem a métodos alternativos, como modelos de pele humana 3D, simulações avançadas de computadores e combinações de testes moleculares, celulares, genéticos e de tecidos com modelos computacionais. 

Fiquei bem feliz de saber que já utilizo produtos de empresas nacionais legais para os animais, como Natura e O Boticário. Outras que fabricam seus produtos de forma ética: Contém 1g, Água de Cheiro, Acquaflora, Embelleze, Granado, Ikove, Impala, Mahogany, Nazca, OX, Éh, Quem Disse Berenice, Racco, Surya, Farmaervas e Vult. Tem mais aqui. Algumas estrangeiras também estão na lista do bem: Aveda, Alva, Conair, Diane von Furstenberg Beauty, The Body Shop, Urban Decay e Victoria's Secret. Na verdade, são bem mais que algumas, confira

Tão melhor se nenhuma empresa fizesse testes em animais, não é? Entretanto, muitas ainda fazem, e são bem conhecidas, como as companhias multinacionais Unilever e Procter and Gamble, cujos produtos estão em peso na lista das empresas que usam coelhos, roedores, cachorros, macacos e outros animais para testar se seus produtos causam irritação nos olhos, na pele, câncer ou até se matam. Na verdade, matam mesmo. Os animais são sacrificados depois dos testes. Sim, é real. Milhões de animais mortos todos os anos à custa de pessoas que acham que as outras espécies existem no planeta para servir à humanidade. 

Se você discorda dessa prática, o que eu acredito que sim, faça sua parte, consuma conscientemente. Boicote os produtos das empresas que fazem testes em animas e também diga a elas por que você não compra mais. Envie e-mail, comentário no facebook, mensagem no twitter ou qualquer outra forma de comunicação nas muitas ferramentas de redes sociais que existem hoje na internet. O importante é se manifestar. Os consumidores é quem têm o poder de mudar as empresas, afinal, nenhuma companhia sobrevive sem clientes. 

Há também várias campanhas das quais podemos participar. A Humane Society International (HSI), uma das mais importantes organizações de proteção animal no mundo, desenvolve a campanha Be Cruelty-Free (Liberte-se da Crueldade). Foi graças a ela que a Índia parou com os testes em animais. A campanha existe em vários países, inclusive no Brasil, que está sendo pressionado pela HSI para abolir os testes em animais. Eu super apoio, já assinei. Quer assinar também? É neste link. Abaixo, o vídeo da campanha.


E você, qual sua posição nesta história? 

4 comentários:

  1. Que horror. To de cara com a listagem. Desde Always até Revlon?? E o Dove que eu tinha como um ótimo sabonete? Sem comentários mesmo.

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    1. Pois é, é de chorar mesmo. Que bom que existem tecnologias que substituem os testes em animais e eu acredito que é uma tendência, cada vez mais países devem abolir essa prática horrenda.
      Obrigada por comentar, Thati!
      Beijos.

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  2. Qdo eu estava na faculdade a gente tinha que descerebrar uma rã na aula de neurofisiologia e depois estimulá-la eletricamente e quimicamente. Não entendo até hoje porque a gente não podia simplesmente ler sobre transmissão de impulso nervoso em um livro em vez de matar a rã. Eu fui a uma aula só e depois aleguei questão de consciência para não ter que maltratar as rãs. Passei raspando. Em Behaviorismo radical e psicologia comportamental a gente fazia um periodo de laboratório onde condicionávamos ratos a agir como queríamos com estímulos positivos (quando ele apertava uma barra ganhava alimento). Para isso funcionar ele ficava sem comer varias horas antes das nossas aulas de laboratório. Acho ridículo e não suporto lembrar daquelas aulas...

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    1. Nossa, deve ter sido bem horrível! Eu também deixaria de ir às aulas. Concordo contigo, seria muito melhor ler sobre o assunto. Sou totalmente contra testes em animais, motivos não faltam. Eles não vieram ao mundo para servir aos humanos, não são eles que vão usar os produtos que estão sendo testados, etc. E não existe viabilidade científica nenhuma em testes com animais. Em 2010, a revista Veja entrevistou o médico Ray Greek, que explica a falácia desses testes. O argumento dele é científico, não puxa para o lado ético, mas deixa totalmente clara a necessidade de parar com o uso de animais em experimentos e como eles, na verdade, atrasam o avanço do desenvolvimento de remédios. Vale a leitura: http://abr.ai/1bffpQS.
      Obrigada por passar aqui!

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