Diário de bordo #2 – Reconexões e redescobertas

Por Letícia Maria Klein •
07 setembro 2016
A primeira semana de rotina começou com uma grata e belíssima surpresa! Uma experiência que me fez resgatar a importância da celebração. Importância de celebrar a vida, a família, os amigos, o lugar em que moramos, nosso país, nossa cultura e de agradecer por todas as bênçãos e dádivas que recebemos todos os dias. Foi lindo, emocionante e estava delicioso, afinal foi um jantar às cegas! E com as mãos ao invés de talheres. Só para variar, as batatas estavam divinas...

Já depois do jantar

A ideia do jantar foi do Francisco, costa-riquenho que se formou no mestrado em Economia para transição. A dissertação dele foi sobre o poder da celebração para o estabelecimento de um novo paradigma na economia. Depois de frequentar festas, reuniões familiares, festivais, feiras e outros tantos, uma das conclusões a que ele chegou é de que precisamos ver e reconhecer a beleza em nós mesmos (interna e externa), a beleza nos outros (interna e externa) e a beleza do local em que vivemos para que possamos fazer o melhor das oportunidades e das experiências.

O ambiente foi decorado especialmente para a ocasião

O jantar que ele nos proporcionou, com a ajuda dos outros que se formaram e de alguns voluntários, exultou a beleza desta comunidade da Schumacher College e me ajudou a reconhecer a necessidade e a relevância das celebrações, sejam pequenas ou grandes. Como o colega ao meu lado, Chris, comentou, é uma coisa que facilmente não faríamos, por quaisquer motivos, e que acaba se tornando surpreendente. Não um jantar às cegas, especificamente, mas qualquer tipo de encontro.

Na hora do bolo, com o varal de fotos passando

Depois de vendados, fomos levados um a um aos nossos lugares nas mesas. Não nos foi permitido ver nada antes, então quando eu entrei, achei que estava em um dos cômodos de alimentação e depois vi que estava em outro. Eles colocaram todas as mesas em um dos cômodos, para que todos ficassem juntos. Vendados, recebemos os pratos e comemos com as mãos. Eu achei muito divertido e adorei sentir a expectativa de saborear o que viesse. Estava soberbo, como sempre. Beterrabas assadas, cenouras raladas, omelete, crisps de sálvia e batatas fritas lentamente em manteiga (importante relembrar que todos os derivados de leite são orgânicos, assim como ovos e verduras adquiridos de produtores locais).

Após o prato principal, cada um recebeu uma colher. O que havia sobre ela era gelado e em micropedacinhos, como gelo batido. Adivinha o que era? Pepino! De sobremesa (coisa rara aqui, só em ocasiões especiais, mesmo), de olhos desvendados, um bolo de chocolate para comemorar o aniversário de uma das mestrandas. Durante o jantar, um rapaz chamado Michail cantou e tocou violão, duas canções muito bonitas (uma de sua autoria, inclusive). Por fim, enquanto era servido bolo, Francisco passou uma série de fotos presas por um barbante (um varal de fotos) que mostram as atividades na Schumacher College desde o começo, há 25 anos. Foi também neste momento que ele falou sobe suas descobertas para a dissertação. Para resumir a noite em uma palavra: especial.
As fotos são de autoria de Francisco.

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