Olhares de dentro do II Encontro Blumenauense de Educação Ambiental

Por Letícia Maria Klein •
12 outubro 2015

No ano passado, estive presente no Encontro Blumenauense de Educação Ambiental como participante e neste ano como organizadora. São duas experiências diferentes e igualmente ricas. Desta vez, acompanhei todo o planejamento e organização do evento, que começou em junho no GTEA L (Grupo de Trabalho de Educação Ambiental de Blumenau), depois de finalizada a Semana Municipal do Meio Ambiente. É energizante poder participar de toda a montagem das exposições no local, da arrumação das salas para as oficinas e de todos os preparativos para que tudo ocorra conforme o planejado. No fim, é gratificante ver que expositores, oficineiros, palestrantes e participantes gostaram e aproveitaram e também receber agradecimentos de professores pela oportunidade de apresentar os belos trabalhos que realizam com seus estudantes.

Parte do grupo do GTEA L com o professor Daniel Silva, 
após a cerimônia de abertura.

Foram 34 escolas que expuseram trabalhos fantásticos de educação, englobando horta comunitária, reutilização de materiais recicláveis, estudos de solo e fontes alternativas de energia, entre outros. As 12 oficinas tiveram públicos diferentes e abordaram temas como compostagem, atividades e ações educativas, gestão de resíduos, ferramentas de mobilização social e música com sucata, dentre outras. 


Exposição da Escola Básica Municipal Professora 

Norma Dignarti Huber sobre os tipos de solo.
Fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau.

Exposição sobre o processo de taxidermia (empalhamento).
Fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau.

Exposição da Escola Básica Municipal Francisco Lanser 
sobre o trabalho de horta e plantações.
Fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau.

Aconteceram também apresentações artísticas e culturais e atividades interativas nos corredores e salas de aula, como peças teatrais, músicas e a Rede de Protetores das Águas, em que pessoas podiam confeccionar peixes e escrever neles mensagens de preservação. Também houve visitas de escolas à Estação de Tratamento de Esgoto da Odebrecht Ambiental, na Fortaleza. Cerca de 500 pessoas participaram das oficinas e por volta de 1000 de todo o evento, que aconteceu de 30 de setembro a 2 de outubro de 2015. 

No dia 30, à noite, foi a cerimônia de abertura, que contou com uma palestra belíssima do professor Daniel Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina, sobre “Os fundamentos emocionais da Educação Ambiental”. Merece um post à parte, que sairá em breve. 

Oficina de compostagem.
Fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau.

Crianças interagindo com as minhocas
durante oficina de compostagem.
Fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau.

Na tarde do dia 30 e na manhã do 1°, paralelamente ao II EBEA, foi realizado o 1º Encontro dos Grupos de Trabalho de Educação Ambiental das Bacias Hidrográficas de Santa Catarina. Consegui participar de algumas palestras e conhecer o trabalho de GTEA de outras regiões, além de ouvir opiniões interessantes e esclarecedores sobre a educação ambiental e políticas públicas relacionadas. 

Cada membro do comitê organizador do EBEA recebeu tarefas para desempenhar durante o evento e dentre elas estava a de acompanhar oficinas e auxiliar no que fosse preciso. Nesta função, participei das oficinas de Ferramentas de Mobilização, realizada por Amanda Tiedt, fundadora da Minha Blumenau; Abajur Decorativo com Imagens da Mata Atlântica, da MPB Engenharia, responsável pela duplicação da BR-470; e Determinação de Metais em Matrizes Ambientais utilizando a Espectrometria Atômica, ministrada pelo professor do campus da UFSC em Blumenau, Amarildo Otavio Martins. Também falarei sobre elas em outro post, junto com a palestra de abertura, pois foram muito interessantes.

Além disso, pude participar de uma oficina ministrada pelo professor Daniel sobre o conceito de sustentabilidade, que foi bem prática, com dinâmicas em grupo. Show de bola! Falo mais dela no outro post. Por fim, terminamos o II EBEA com o Encontro de Coletivos de Blumenau, do qual participou a Amanda da Minha Blumenau, a Fabíola Cordeiro da Sinergia Urbana, o Giovani Seibel da ABCiclovias e eu com a Juventude Lixo Zero Blumenau. Cada um falou sobre os objetivos e ações do seu movimento e a plateia interagiu com contribuições bem legais. Nossas cabeças saíram fervilhando de ideias, aguardem!

Na oficina do professor Daniel. 
Foto de Cássia Koehler.

No Encontro de Coletivos de Blumenau.
Foto de Cássia Koehler.

Além de auxiliar nas oficinas, nós do GTEA também ajudamos os expositores e oficineiros a organizar seus locais, providenciando os materiais necessários e dando instruções. Carregamos muitas mesas e cadeiras e juntamos uma quantidade considerável de quilômetros ao fim dos três dias, andando e até correndo de um lado para o outro para garantir que tudo estivesse em ordem. Contamos com a ajuda de pessoas ótimas (da Uniasselvi Fameblu, da segurança e limpeza, entre outros), que contribuíram para o sucesso do II EBEA. Foi uma experiência maravilhosa e recompensadora, que evidencia a necessidade de investir na educação e a importância de valorizar esta que é a principal ferramenta de construção de uma sociedade justa, ética e sustentável.

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